Páscoa
A morte do Messias, o unigênito do Deus vivo, nos trouxe redenção, bem como nos possibilitou a reconciliação com Deus.
Jesus, também tinha por costume a comemoração da Páscoa e a última vez em que a celebrou foi no que conhecemos como Santa Ceia (Ref. Bíblica: Mt 26: 17-30; Mc 14: 12-26; Lc 22: 7-23), onde esteve junto de seus discípulos, um dia antes (quinta-feira, portanto) de ser capturado para sua morte.
No dia seguinte (sexta-feira), Jesus concluiria a sua redenção e desde então, a Páscoa ganhou um novo significado, pois Cristo ao se entregar em favor de nós na cruz, promoveu uma libertação de tamanho um tanto maior do que a ocorrida com o povo hebreu.
Outro dia nasceu (sábado), e com ele, a incerteza, o medo e a dor de se perder alguém que se ama, também.
Um grande abatimento tomou conta de todos os que o seguiam e os que n’Ele criam, pois haviam “matado” o filho de Deus.
Ao terceiro dia após a morte de Cristo (domingo), pela madrugada, Maria Madalena e Maria (mãe de Tiago) foram até o sepulcro onde haviam depositado o corpo de Jesus, a fim de levarem especiarias que haviam preparado para ungir o corpo, porém, ao chegarem próximas ao local do sepultamento, notaram que a pedra que fechava o túmulo estava fora de seu lugar e que o corpo do Mestre já não mais se encontrava no local.
O desespero e o pranto copioso tomaram conta das seguidoras de Jesus, pois pensaram que haviam roubado o corpo do amado Mestre.
Ainda aos prantos, foram surpreendidas por dois anjos (ou varões com vestes resplandecentes, se preferir), que indagaram: “Por que buscais o vivente entre os mortos? Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galiléia, dizendo: Convém que o Filho do Homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e, ao terceiro dia, ressuscite.” Lucas 24: 5-7
Então elas lembraram-se das palavras de seu Mestre e alegraram-se muito. Foram prontamente avisar aos apóstolos e os demais discípulos que Cristo havia ressuscitado, que havia vencido a morte e o inferno, porém, a incredulidade e tristeza ainda tomavam conta dos corações dos demais.
Dois de seus discípulos iam para uma aldeia, cujo nome era Emaús no domingo, terceiro dia após a morte de Cristo e muito contristados pelo ocorrido em Jerusalém naqueles dias, seguiam pelo caminho conversando um com o outro sobre os tais fatos, quando Jesus aproximou-se deles e começou a caminhar e conversar com ambos, desejando saber sobre o que falavam. Não o reconhecendo, estes homens falavam a respeito do que os principais dos sacerdotes e dos príncipes haviam feito com Jesus, o Nazareno e de como eles estavam triste porque esperavam que o Homem que fora morto na cruz fosse o redentor de Israel.
Com paciência, Jesus abriu as escrituras a fim de lhes mostrar tudo que estava escrito sobre o Messias e sobre como ele devia padecer. Enquanto escutavam estas palavras, seus corações ardiam, mas mesmo assim, não o reconheceram.
Sendo já tarde, quase noite, Jesus fez como quem ia para mais longe (Lc 24: 28), mas Cleopas (identificado como irmão de José, marido de Maria e um destes dois que iam para Emaús) e seu companheiro constrangeram Jesus a ficar com eles.
E estando todos à mesa, tomando o pão, o abençoou, partiu e lhes deu e então abriram-se os olhos e o reconheceram, posteriormente, o Senhor desapareceu. (Lc 24: 30-31)
Na mesma hora, os discípulos levantaram-se e voltaram para Jerusalém, para anunciar aos onze apóstolos, que realmente o Senhor havia ressuscitado.
Ainda falando destas coisas, o próprio Jesus apresentou-se no meio deles e disse-lhes:
“Paz seja convosco.” (Lc 24: 36)
Todos ficaram maravilhados e creram que de fato Cristo era ressurreto e vivia novamente, pois, o Senhor lhes abriu o entendimento para que compreendessem tudo o que Ele havia de padecer e que após o terceiro dia, levantaria dos mortos, para que em Seu Nome, aqueles que testemunharam todas essas coisas pregassem o arrependimento e a remissão dos pecados a todas as nações. (Lc 24: 46-47)
Portanto, entendemos que o motivo real de se comemorar a Páscoa é celebrar, não a morte, mas sim, a vida de Cristo Jesus. Este é o real significado da Páscoa para os cristãos.
Na comemoração do “Pessach” ou Páscoa judaica, um cordeiro era morto para a refeição, como símbolo da libertação da escravidão do Egito, porém, o Cordeiro de Deus foi entregue a morte para que tivéssemos vida com Deus novamente.
Ao cumprir sua Paixão, derramando seu sangue inocente por amor de nós, Jesus nos libertou da escravidão do pecado e saldou nossa dívida, comprando-nos por bom preço.
A melhor notícia que poderíamos ter é que nosso Redentor não morreu, mas vive, hoje e para todo o sempre e de que haveremos de viver com Ele eternamente. Ele venceu por nós. Aleluias!!!
No Amor de Cristo, paz em seus corações!