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LONGEVIDADE – quem vai cuidar de nossos velhos?

LONGEVIDADE – quem vai cuidar de nossos velhos?

A Longevidade que presenciamos hoje em nível global - e certamente no Brasil - é uma revolução. Já vivemos trinta ou mais anos que nossos avós. As implicações desse processo vão além da dimensão individual e atingem os setores legais, de saúde, educação, cultura, trabalho, serviços assistenciais e seguridade social. Temos que incentivar e promover a Revolução da Longevidade. A Base, o Pilar Mestre, é entender que não são 30/40 anos a mais de velhice e sim, são 30/40 anos a mais de VIDA!!!

Para contemplar a fática Revolução da Longevidade, precisamos de uma Política Nacional de Envelhecimento Ativo, que seria, em síntese, o processo de otimizar as oportunidades para Saúde, Educação Continuada, Participação e Segurança (Proteção) de modo a aumentar a qualidade de vida à medida em que envelhecemos.

Quem envelhece com saúde e conhecimentos pode participar plenamente da sociedade. Na falta dessas condições, é indispensável prover proteção e segurança para que o idoso não se sinta abandonado. Por isso, uma política que atenda à Revolução da Longevidade deve promover o cuidado a QUATRO PILARES essenciais para o bem envelhecer: atenção à saúde; acesso a conhecimentos; condições financeiras, pelo menos renda mínima; e suporte e cuidado da família, amigos e pessoas próximas.

Isso requer adotar uma perspectiva de curso de vida. O jovem de hoje será o idoso de amanhã. Para entendermos um idoso, olhemos para trás, para o modo como levou a vida e se tornou quem é hoje. Por isso, é indispensável considerar os determinantes do envelhecimento ativo: de acesso a serviços sociais e de saúde; comportamentais (estilos de vida); pessoais (genéticos, hereditários e de personalidade); ambientais; sociais e econômicos. Esses aspectos são interdependentes, segundo cada cultura e perspectiva de gênero.

É preciso melhorar os serviços, mas, não se morre mais a míngua ou à espera do gesto de uma pessoa caridosa. Pela política de renda mínima, mesmo sendo distribuído apenas um salário mínimo, para muitas famílias, o idoso deixou de ser um fardo. Esse é um fato inegável!

Contudo, há muito a ser feito: “o copo está meio vazio”. O Estatuto do Idoso, continua com muitos dispositivos a serem implementados. Falta, uma "Cultura do Cuidado" e isso diz respeito, não exclusivamente, mas principalmente a cada um de nós, cidadãos brasileiros, jovens de hoje, idosos do amanhã! Vou exemplificar o que digo, falando de uma mãe que aos 96 anos já preveniu o que podia ser prevenido, já está tratando o que é tratável. Mas, com Alzheimer, ela precisa essencialmente de ser cuidada E O É. Mas, milhões de idosos chegaram ou chegarão à longevidade SEM SABER QUE VAI CUIDÁ-LOS, num contexto em que A FAMÍLIA ESTÁ CADA VEZ MAIS FRAGMENTADA. Aliás, calha bem perguntar:- e a família, como vai? Bem, mas esta é outra história! Um tema preocupante sim, mas para outra publicação.

Finalmente, o Brasil é um país melhor hoje para os idosos também porque há mais conhecimento. Há quarenta anos, o envelhecimento estava praticamente restrito a prática médica. Nas últimas décadas o interesse por este domínio do saber aumentou vertiginosamente, como mostra a produção científicas atestada nos bem elaborados artigos que hoje estão disponíveis a todos graças a internet e as inúmeras publicações feitas em Revistas Médicas Indexadas em todo o planeta!

Cabe a você, jovem/adulto de hoje, trabalhar na construção da Revolução da Longevidade, para não ser um velho e sim um Idoso Ativo! Uma pessoa produtiva, participante e feliz!

Pesquisa, compilação e elaboração: Dirceu Kommers.

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